PROGRAMA NOVAS DE PAZ
De segunda à sexta | das 22:00 às 23:00. Acesse www.bezerrosfm.com.br.
Ore, divulgue e participe!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O PASTOR E O POLÍTICO



Não adianta querer esconder o crescente envolvimento da liderança da igreja evangélica com a política secular. As relações são bem explícitas, e se manifestam através do apoio aberto aos candidatos em períodos eleitorais.

Em pleno século XXI, como deveria ser a relação de um líder cristão com um político?

Este é o primeiro de uma série de textos sobre igreja, pastor e política que pretendo escrever ao longo deste ano eleitoral. Desejo, num primeiro momento, provocar algumas reflexões sobre a conduta ética do pastor com candidatos que foram apoiados pelo mesmo.

É comum o discurso pastoral de que o apoio a algum político é para o benefício da igreja, onde em alguns casos o referido político é inclusive chamado de "amigo da igreja". Não querendo generalizar, afirmo que conheço políticos não-crentes (e conheço mesmo) designados de "amigos da igreja", que em seus gabinetes, em bares e outros locais, se gabam afirmando que "os pastores estão em suas mãos". Os tais políticos são geralmente corruptos e corruptores.

Alguns destes políticos, já sem mandato, continuam ocupando lugares de honra nas tribunas das igrejas, como se a eles algum favor fosse devido. O pior, é que alguns pastores devem mesmo favores pessoais aos tais.

Bem, para encurtar este post, vamos fazer um breve teste ético para saber como anda a nossa relação pastoral com os políticos. A resposta positiva a algumas das questões abaixo nos servirá de alerta. Se as respostas em sua maioria forem positivas, lamento informar que já nos encontramos nas mãos de "alguém", comprometidos e enfraquecidos moralmente, pois a quebra da ética compromete a moral.

Antes que alguém use o jargão do "moralismo", comum de quem não possui argumentos bíblicos e éticos para discutir o assunto, sugiro que reflita, na condição de um crente temente a Deus que você é, sobre as questões abaixo, lembrando que nem tudo que é legal é biblicamente, eticamente e moralmente correto.

Questões (nas quais me incluo na condição de pastor):

1. Já recebemos no passado (ou ainda recebemos) dinheiro, presentes ou privilégios de algum político que porventura apoiamos?

2. Recebemos por algum cargo comissionado ou por alguma função pública que exercemos ou não exercemos, conquistados através de políticos que porventura apoiamos?

3. Temos parentes e familiares empregados em gabinetes (cargos comissionados e assessores fantasmas), ou favorecidos profissionalmente por políticos que porventura apoiamos (privilégio indireto)?

4. Algum político que porventura apoiamos, pode nos jogar na cara, revoltados com aquilo que chamam de "traição" as questões aqui citadas?

5. Algum político que porventura apoiamos, pode nos pedir novamente apoio, com base em algum favorecimento pessoal já nos outorgado.

6. Algum político que porventura apoiamos, pode sair por aí, afirmando em conversas de gabinete ou nos bares da vida que estamos em suas mãos?

Que cada um reflita sobre a sua própria condição. Este texto é essencialmente reflexivo.

Escrevo com amor e temor, na tentativa de abrir os olhos daqueles pastores (entre os quais me incluo) que com uma consciência pura desejam servir a Deus, e exercer com toda a autoridade o seu ministério, não tendo do que ser acusado nas questões e fatos aqui tratadas.

Num outro post pretendemos discutir as questões éticas envolvidas no favorecimento da igeja local, enquanto instituição, pelos políticos.

Abraços,

Nenhum comentário:

Postar um comentário