A polícia do município de Canutama (a 619
quilômetros de Manaus) prendeu o falso pastor evangélico Antônio
Alenquer Pereira Pontes, 47, que estava desaparecido há quase duas
semanas com 14 indígenas da etnia paumari, da aldeia Crispim. A aldeia
fica na região do município de Lábrea (a 610 quilômetros de Manaus).
A prisão aconteceu nesta sexta-feira (20), por volta de 18h, na
comunidade Belo Monte, na calha do rio Purus, a duas horas de voadeira
de Canutama, na divisa da cidade de Tapauá.
O grupo de indígenas levados por Pontes é formado por 14 e não 13
indígenas, como se acreditava anteriormente. Entre os 14 indígenas,
sete têm menos de 18 anos.
O sargento Lenildo Silva Mota, chefe da 18º Delegacia de Polícia de
Canutama, que participou da captura, disse que Pontes já havia se
estabelecido na comunidade, novamente usando o nome falso de Alexandre
Campos.
“Recebemos
uma informação de que ele estava nesta comunidade e fomos para lá
averiguar. No caminho encontramos 11 índios numa canoa e descobrimos
que eram os mesmos que estavam com o falso pastor. Os índios nos
disseram que haviam sido mandados por ele de volta para Lábrea. O homem
ficou em Belo Monte apenas com a mulher indígena e duas filhas pequenas
dela. A intenção dele era ir para Manaus”, disse o sargento, ao portal
acrítica.com.
Conforme o sargento, os 11 indígenas não tinham água potável nem
alimentação e o combustível da pequena embarcação na qual viajavam já
estava se esgotando. “Eles não conseguiriam chegar em Lábrea”, disse.
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